terça-feira, 22 de novembro de 2022

"Dá pá ficá sem calcinha?"


Tudo certo, tudo bonitinho! Crianças bem pequenas organizadas, todas de mãos dadas, para iniciar uma caminhada. A recreacionista, gordinha simpática e entusiasmada, já à frente do grupinho convida uma menininha relutante: Vamos passear Bibi, fazer uma caminhada com a tia Adri? Então veio a pergunta que a mãe da Bibi não entendeu. Afinal porque a criança haveria de querer ir sem o biquini? Quando o grupinho saiu andando atrás da tia Adri ficou óbvio de onde veio a ideia. Pelo menos para mim que já estava sentada na areia. Vista de trás, e principalmente de baixo para cima, dava para jurar que a Tia-Adri estava sem biquíni. Só se via camiseta e bunda, sem vestígio da outra roupa qualquer. Fiquei vendo o grupinho se afastar e rindo sozinha!

quinta-feira, 9 de junho de 2022

O FILME PARTE I - A MULHER QUE NÃO SABE ESCOHER FEIJÃO

 Viva o cinema nacional! Certo, eu super-apoio! (Alguém ainda usa essa expressão? Como sou vintage!)

Só que o resumo-resultado da minha dedicação em ver cinema nacional pode ser bem expresso na frase super-clichê: Me ajuda a te ajudar! 

Sobre o filme em questão há muito o que comentar e eu nunca fui interessada em crítica de cinema.

Vou ficar (por enquanto) só com a maior questão que a obra me trouxe: o quanto é difícil representar o ato de escolher feijão?

Sim, porque em minutos ... Minutos? Eu não cronometrei, mas ...

Acho que não é exagero, não. Foi bastante tempo.

 Mais do que devia, o suficiente para eu me distrair do que deveria estar acontecendo (mas, no caso, nada acontecia). Fato é que comecei a prestar atenção nos feijões sobre a mesa e nos movimentos de mão da atriz.

Juro, aquela mulher não sabe escolher feijão!

 Nem sabia disfarçar que não sabia escolher feijão. 

Um ato tão simples, tão cotidiano... Não era uma harpista, não era uma tecelã , a personagem era uma 'mulher da roça' . 

Ela rolava os grãos de um lado para outro, puxava de lá para cá, de cá para lá...

Foi me dando uma aflição, uma vontade de entrar tela a dentro e fazer aquilo direito! E de graça, oferecer uma oficina sobre como se escolher grãos em geral.

Ando bem sem paciência.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

ISSO É ESPERANÇA?

Primeiro eu faço, depois questiono. 
Se a ordem fosse ao contrário utilizaria meu tempo melhor? 
Sim, por convicção profunda,  acho que todo mundo deveria gastar alguma coisa à toa, sem comedimento. Não sempre, mas algumas vezes. Como não me sobra dinheiro, mas tenho tempo, é assim que pratico desapego.
(A Nossa-Iluminada entraria em convulsão se soubesse como aplico as teorias dela. Como sei das 'teorias'? É outro assunto, não vou dispersar atenção e tempo agora. Não sou tão desapegada assim no horário de trabalho.)
Voltando ao tópico original: me questionei se plantar cebolas murchas (esquecidas há semanas no fundo do fundo da geladeira) era esperança. Ou só falta de juízo.
Isso foi ontem. 
Considerando que hoje eu reguei o vaso, pode ser esperança mesmo.
Sem muita paciência fui buscar  uma foto de cebola velha e não é que eu achei um clone das  minhas! Se misturar com as minhas, ninguém separa!


sexta-feira, 13 de novembro de 2020

QUISERA NUNCA TER COMEÇADO...

 

Foi assim que começou a conversa depois da reunião virtual.

Fique aqui documentado, mesmo que possa ser considerado falta de educação fechar a sala na cara das colegas (depois que uma reunião é formalmente dada por encerrada, óbvio), eu afirmo: é mais seguro!

Até hoje, eu ficava dando adeusinho e esperando que todos saíssem. O entendimento era bem simples - se eu chamei as pessoas para a reunião, o mínimo da cortesia seria esperar o tempo de cada uma para encerrar o evento.

Sempre tem a distraída-e-desocupada, aquela pessoa que não tem almoço para providenciar e fica (às 11:40) jogando conversa fora, falando sobre qualquer coisa porque tem audiência.

Eu achava desconfortável, mas assumia a função de atuar no entretenimento;  como não sou boa nisso, logo a pessoa se desmotivava e me dava tchau... 

Nesse fim de semana vou pensar em solução alternativa. Não tenho vontade e, talvez, nem estrutura para continuar como conselheira virtual. 

domingo, 6 de setembro de 2020

UMA AGENDA QUE ESCAPOU...


 

...não sei como, esquecida no fundo de uma caixa, no fundo do armário.  Quatro anos, parece tão longe. As memórias de 2016 são estranhas agora. Nada de útil ficou nas folhas. Foi revisada, teve folhas arrancadas, o que podia ser importante foi aproveitado. Processamento padrão para final de ano. Por que não foi para o fogo, não sei explicar.

Não faz parte de ritual, não tem qualquer significado, é só costume mesmo: queimar a agenda do ano. Não guardo e a ideia de manter agendas velhas me parece sem propósito. Só essa sobreviveu (e não vai durar).

Acabei olhando com alguma atenção. A letra parece mais bonita naquele ano. Era minha visão melhor? A coordenação motora era melhor? Era uma caneta melhor?  

Fico com a última opção. As outras me assustam!

Olho para ela ela agora e para alguns recortes do que sobrou depois de revisão. Será que foi por isso que ela foi parar na caixa? Se foi, que bobagem!

Uma curiosidade me atinge - que outras coisas tenho guardadas, sem serem tocadas por anos?

terça-feira, 9 de junho de 2020

AUTOINDULGÊNCIA ELEVADA

Saio (mentalmente, não quero acordar ninguém) devagar e vou percorrendo os espaços (Cômodos, seria a palavra escolhida, caso eu fosse falar.) que conheço tão bem (Agora mais que nunca).
O que quer se manter quase brilha. Sem esforço, sem constrangimento, o que há para fazer se joga na minha lista. Sem qualquer demora.
Nesse passeio imaginário, me acompanho, me sigo com olhar condescendente. Aquele que usei quando acompanhava uma criança. O mesmo que uso para vigiar os gatos. Cuidar, sem interferir. Só isso.
Porém, mais para o fim, me peguei sorrindo, meio-sorriso. E ouvi um suspiro, longo, lento, discreto.
A situação é tão grave assim?
Nem eu acredito em mim?
Ou sou indulgente demais?
Concordo, me perdoo facilmente e também esqueço. Facilmente.
Não tenho problemas com errar de novo, não trago grandes arrependimentos.
É assim que mais uma lista cresce mas minhas mãos.


https://thesaurus.plus/img/antonyms/603/self-indulgence.png

segunda-feira, 8 de junho de 2020

MANTER-SE, MANTENDO-SE EM CASA

Não tenho para onde fugir e não importa.
Não  quero.
De verdade, gosto de onde estou.
É minha.
Minha casa.

Não exagero ao dizer que tem vida. Olho para os lados enquanto penso na continuação do texto e as coisas por manter se apresentam. De modo desordenado, todas e tantas chamam atenção. Vontade de fechar os olhos.
Se eu bebi de novo? Só café (muito) forte (muito), ou seja, não vou dormir.
Ainda não!
Tomo a primeira grande decisão do dia (antes que ele acabe): vou fazer uma lista de coisas da casa.
Pode ser que se aquietem.
(Foi só café que eu bebi, reafirmo).