domingo, 30 de dezembro de 2012

Precisando de aplausos? Conta comigo!


De repente, surgiu  luz! Entendi o que se passava. Cansativo, mas menos estressante depois que a gente entende. A certeza da necessidade de platéia me deixou mais calma. Ainda assim, é admirável! Que grupo peculiar se juntou aqui em casa! Não há como não lembrar do dito popular: Deus faz, o diabo espalha, eles - por si mesmos - se juntam! Que competição ímpar: quem é capaz de despertar mais preocupação nos outros, quem tem os melhores problemas? Com certeza tem uma ganhadora. Nenhum problema dela é para ser resolvido, apenas admirado, comentado, analisado ... Como pode? Não faço ideia. Mas, acho que a matriarca é a culpada de tudo! Sempre foi uma vítima das circunstâncias, uma heroína sofredora ... (Nem que seja pelos joanetes que lhe incomodam tanto!)
É impressionante, quase não foi é preciso falar a tarde toda. Isso ficou por conta das visitas! Nossa função era ser plateia! Bastava fazer "Ohhh" ou quando muito um "nooosa" e as histórias se sucediam com rapidez. Sempre havia alguém querendo superar a última narrativa.
Cansei!

Os problemas alheios não são meus!


Simples-assim: já tenho os meus! Não são muitos, não são grandes, nem graves. É o fato de serem meus que os torna importantes. Importantes para mim, não para o resto da humanidade!
Os problemas alheios? Possou ouvi-los. Posso até dar palpites, tudo bem! Mais e além, posso manifestar solidariedade em alguma medida ...
Mas tudo tem limite! Não dá para se instalar na casa dos outros com uma mala de lamentações. O casamento vai mal? Lamento, mas em que eu posso colaborar! Nem tomar partido, seria muita idiotice! Os filhos só causam tristezas? Lamento mais ainda! Sério e sincero é o desejo de perguntar: como estão sendo educados? Claro que não vou dizer isso! As finanças vão mal? Pior que tudo mais! E agora? Vai me pedir empréstimo? 
Termina a primeira rodada do café da manhã. Nem uma hora depois, novas pessoas à mesa e mais uma diversidade de azares... 
Faço o que com essa gente? Mando benzer? Jogo sal em cima? Peço emprestada a Santinha que a vizinha tem e encomendo junto uma reza? 
Minha vontade, nesse momento era fugir de casa. Só voltar depois que fossem embora ...

sábado, 29 de dezembro de 2012

Não é só a grama do vizinho que parece mais verde ...

O álcool em quantidades moderadas pode facilitar alguma coisas. Reduz a racionalidade. Excelente efeito para hoje! Porque está muito difícil conciliar quatro assuntos diferentes e simultâneos. Agora estão vendo não sei o que na tv. Cada um fala, ao seu tempo os junto com os outros, mas nada é resposta. Soa mais como monólogos coordenados... Descobri como definir a sensação que tenho desde que chegaram: não-me-pertence! É como se estivessem vindo para outra casa, mas ... chegaram aqui!
De onde estou é possível ouvir os barulhos do vizinho. Também estão com parentes na casa. Tem mais risadas, gargalhadas até! A conversa sobre não sei o que parece muito animada ...
Os parentes do vizinho parecem  mais simpáticos ...

Sem perguntas e sem respostas


A casa hoje ficou inesperadamente cheia. Tudo bem, são quatro pessoas. São todos próximos - o suficiente para ter e tomar algumas liberdades. Tipo abrir a geladeira e arrumar o próprio lanche. Colocar no freezer o quanto de cerveja pretende beber... Sugerir e começar a fazer uma parte da janta ... Não dá para dizer que "dá trabalho". Não dá para dizer que isso é "receber" visitas ...
Situação exemplar da inutilidade das minhas perguntas. Claro que sei porque estão aqui. Sei também como mantê-los em bom estado, já que vão ficar aqui até amanhã. Reconheço que isso não é exatamente ruim... mas ... mas ... mas ...
Para onde vou fazendo perguntas? Para alguma estação vazia do meu cérebro. Um lugar nenhum, de onde é possível ver com clareza a falta de propósito de perguntar ou de responder.
Não, eu ainda não comecei a beber.

Por quê? Como? É bom?

É meu resumo de sabedoria. Não daria um livro - mas acho que é somente uma questão de empenho. A rede e as livrarias estão cheias de exemplos. Esse da figura me deixou curiosa. Sabedoria sob forma de ronrronados? Enfim, tendo imaginação (ou não) o papel e a rede aceitam tudo.
Aparentemente, a minha proposta é simples: não fazer sem saber porque, não iniciar sem saber como e sempre tentar prever o possível resultado... Vale para coisas importantes e notáveis. Vale para o que pode ser previsto. Vale para o que depende de mim.
Não, não uso para tudo e qualquer coisa! Não vou comer melão só depois de pensar nisso!
Assunto estranho para sábado de tarde?
Nem tanto, considerando o quão estranho está meu sábado ...

Há três perguntas que se deve fazer sempre?!?

Por que três?
Porque não é muito, nem tão pouco. Porque é mais fácil de lembrar. Porque a maioria das criaturas reconhece a quantidade três - desde crianças com dois anos, até meu poodle!
(Não... A basset, acho que não! Não acredito que tenha  conceito numérico - é tudo ou nada! Prato cheio ou vazio. Só isso!)
A história é antiga. E não é das melhores, sinceramente. As três perguntas do rei sempre me pareceram meio tolas... Inventei as minhas!

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O que me ensinou o elefante absurdo

Ficou aberta a pesquisa de imagens de estampas de elefantes. Agora, a intenção era ler e-mails - coisa que não consegui durante a tarde. E parece que também não vou conseguir agora ...
No meio da tela achei essa ilustração. É com certeza o elefante mais absurdo que já vi! Estou olhando para ele há alguns minutos! A conclusão é simples: não importa se uma obra (seja o que for) exija muito trabalho e dedicação, o sucesso não é necessariamente proporcional ao esforço!
Esse elefante inconcebível, desenhado por alguém que teve muita paciência em fazer rodinhas e listinhas, é um bom exemplo disso! Poderia citar outros três ou quatro - todos vindos da última semana! Agora, fico me perguntando, porque tanto empenho junto com tanto descuido? Uma qualidade não compensa um defeito! O esforço não fará as proporções da figura ficarem dignas, não trará a perna que falta e muito menos colocará a presa no lugar certo...
Pensando melhor, essa criatura (quem fez a ilustração, não o elefante) devia estar meio alucinada. Sim, sob efeito de drogas pesadas seria possível alguém imaginar que um dos dentes do elefante poderia crescer nas costelas, aparecendo por trás da perna!  A ausência de uma para traseira, nesse contexto, é só um pequeno detalhe!

O universo conspira!

Até estampa de tecido está trabalhando contra mim! Tenho tido muita dificuldade de manter foco e atenção. Especialmente fora das aulas. Não, ainda estou conseguindo iniciar, desenvolver e concluir uma manhã de aula - sem dar a impressão falsa de que sou meio avoada!
Porém, parece que todo meu estoque de neurotransmissores úteis se gasta nessas horas matinais e nada sobra para a tarde. A correria é grande. Todos, em comum acordo, querem salvar as férias de verão. Por enquanto, tudo em paz - as notas das avaliações só sairão em janeiro. Depois, ah, depois ... Só quero ver...

Pois bem, voltando ao assunto. O tema era sério, a conversa importante, as falas da colega relevantes, mas ...
Eu só conseguia olhar a maldita estampa de elefantes... 
Santa Paciência, porque uma mulher gorda se veste de elefantes? 
Senso de humor? Metalinguagem? Falta de noção? Fiquei com a última opção. Ela não tem noção do tamanho que tem!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

QUASE igual, tem toda razão!


Não tem como não registrar essa pérola: Nossa! Parece que estamos em Londres!
Só porque, durante todo do dia, a chuva ficou num vai-e-vem. Só porque, no momento de garoa mais fraquinha, elas atravessaram de um prédio para outro - sem abrir a sombrinha. Só porque há dois meses elas passaram uma semana em Londres ...
Foi suficiente para a colega se achar a Kate Moss andando na chuva! Sei ... Na minha opinião (e não estou só) a comparação é outra e não tem nada a haver com celebridades molhadas!
Bem mais adequado! Quase igual!

Adaptando-se ...

Chove. Chove e para. Então começa de novo... Tem sido assim desde a madrugada. A temperatura diminuiu, chega a estar agradável. Acabei com a aflição dos sapatos molhados. Comprei uma sapatilha de plástico. É preta, confortável e não fosse pela caveira dourada que veio presa nela, seria muito boa! Não reclamo, custou dez reais! (Mas vou tentar tirar a caveira quando chegar em casa.) Agora me sinto pronta para andar por aí, sem lamentar o dano nas minhas sandálias. Acho que encontrei o espírito correto para atravessar a segunda-feira 

sábado, 8 de dezembro de 2012

A solução nas minhas mãos!

Para que pegar a escada e ter que tirar caixas empoeiradas da parte mais alta, da mais alta prateleira da garagem? Para que ficar horas amarrando o pinheiro para não cair (O meu está com um pé quebrado.) e pendurando coisinhas (que nunca ficam bem distribuídas na primeira vez)? Para que ficar, até janeiro, cuidando para a gata não estraçalhar a coroa da porta (ou se jogar feito uma tigra louca contra os enfeites da árvore)?
Meus problemas acabaram! O rapaz que cuida o pátio acabou de podar várias plantas. Vou lá juntar! A fita? Ah! Vou procurar nos recicláveis. A fitinha do meu presente deve dar para o gasto.  (Sim, o "amigo secreto" já aconteceu. Dessa vez eu participei. Tive meus motivos!)

Sem entusiasmo para o Natal?


É o meu caso! Nenhuma vontade de armar pinheirinho, montar presépio e espalhar enfeites pelo mundo.
Mas ... Como assim? Virou judia? Não vai celebrar o Natal? Verdade seja dita, eu nunca não celebro! Meu ateísmo é profundo. Mas nessa terra ser ateu é perigoso! Sempre há de aparecer alguém querendo te salvar.  Então, como boa católica não-praticante (definição bem mais amistosa para a minha falta de crença) sigo os costumes da minha infância. Na minha casa tem pinheiro bem enfeitado, presépio bonitinho e uma coroa na porta!