quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Bibelôs, novos tempos e velhas doidas - III



Ganhei uma canequinha minúscula, pintada com uma flor. Parecida com essa, mas sem pires.  Muito constrangida  por participar dessa bobagem, talvez tanto quanto eu, a colega comentou: Achei bonitinha, mas não imagino para quê!
Entendi. Pensei a mesma coisa quando recebi. Beleza não precisa ter utilidade, mas se formos comprar tudo o que é bonitinho porque é barato... 
Aparentemente, éramos apenas duas questionando a validade do evento. Sendo pessoas educadas e com algum senso social, não desenvolvemos o assunto. Mas sempre há alguém de boca grande e cérebro pequeno. Quando o primeiro grupo de participantes se despedia ... (É muito engraçado isso: Várias pessoas já deviam estar bem dispostas a sair, mas ninguém quer ser o primeiro. Basta que alguém diga adeus e um bando se levanta e vai junto!)
Voltando o assunto: o que eu pensei e não disse, uma das organizadoras largou em alto e bom som: Pois é, gurias, da próxima vez a gente podia fazer com biscoito ou bolacha em vez de bugigangas!
Certo, pelo mesmo preço, alguma coisa útil! Provavelmente ela não gostou do que ganhou... De fato, a sensação de  prejuízo pode estimular uma pessoa a ser mais crítica!
As outras? Aparentemente foram faceiras para casa com o novo item colecionável. Segundo entendi, há duas que iniciaram coleção no ano passado e mais duas ou três entusiasmadíssimas com a novidade ...
A minha canequinha? Vejo daqui, na estante, em cima de uma pilha de pastas. Totalmente desajustada, não combina em nada com o ambiente ...

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