segunda-feira, 29 de julho de 2013

Questionamentos de um papel-de-parede


Um tempo pequeno de espera na porta do elevador e quanta informação! Todas diferentes e tão iguais!
A impossibilidade de combinar saltos com joanetes. O desacordo entre  a vontade de manter a dieta iniciada hoje e o coquetel de abertura. A vontade de dormir ao som da chuva e o compromisso de chegar bem cedo. A falta de sintonia entre as férias das crianças e as nossas.
Algo mais deve ter sido mencionado, mas meu cérebro fugiu. É segunda-feira. Era início da manhã. Não ouvi nada animador. Cada uma tinha as próprias queixas. Todas falaram. Fiquei muda, apresentando minha melhor cara de papel-de-parede-empático. Olhar direto no interlocutor, sem expressões faciais e sem som. Uma coruja, praticamente!
Ali, ninguém queria consolo. De fato, ali ninguém tinha problema. Mas havia, ao fundo de tudo, um certa competição para se apresentar como a mais desafortunada no grupo. Por quê? 

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