segunda-feira, 7 de julho de 2014

Cara de papel de parede e boas desculpas


Não quer mentir descaradamente e não quer ser malvada?
a) Nossa, que original! Assim, ainda não tinha visto...
b) Que combinação incrível de cores, texturas, técnicas etc ....
Sim, porque antes passar por ignorante ou por daltônica do que ter que dizer a verdade!
Não quer correr o risco de ganhar (ou pior, ter que comprar)?
a) Acho artesanato incrível, mas não tenho espaço! Uma peça dessas merece ser destacada... (Desculpa boa para coisas grandes.)
b) Que peça .... (interessante, original, criativa,.... ou que vier na cabeça e que pareça elogio, sem ser), pena que lá em casa correria sérios riscos: o gato... o cão ... o coelho... a empregada .... 
Vale qualquer ser vivo ou condição que possa rapidamente destruir a peça. Pouco importa se imaginarem que a casa é uma bagunça, um barco sem leme... Não precisar levar a "peça" para casa, ou levar já avisando que vai sumir, é uma grande vantagem.
E por aí vai...
Com o tempo, depois de muito presente que - como diria minha avó - "mais parece um despacho abandonado na encruzilhada", aprendi algumas estratégias. Para aplicá-las, antes das desculpas é preciso caprichar na cara de papel de parede. Sou boa nisso: carainha amistosa, tranquila sem o menor juízo de valor revelado, sorriso compassivo e demonstrando interesse.

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