segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Para não ficar parecendo uma infata psicopata


Quando eu era criança, as minhas ideias estranhas não eram de assassinato. (Essas vieram depois, na adolescência!) Tão pouco tinha sonhos de ser "peculiar", não me envolvi com magia negra, cinza ou branca, não via unicórnios no jardim... Nada disso! Eu era uma criança leitora. Devoradora de livros que, se tivessem boas histórias, eu adotava na minha imaginação. Passava semanas em diálogos (Diálogos mentais, eu sei me controlar desde cedo!) com alguns personagens, me dando ao direito de discordar radicalmente do enredo original...
Também me envolvia em coisas menos literárias e bem ... absurdas eu acho. Numa tarde de verão fui buscar água para a minha avó e tinha uma gota pendente no bico torneira. Era uma gota perfeita, prestes a cair, iluminada pelo sol que refletia na pia... Olhei aquela gota e lá fiquei... Um corpo, pendente no vácuo, sem capacidade de controlar seu deslocamento  e prestes a desabar. Fique ali, esperando a solução daquele microuniverso... Até a minha avó chegar resmungando que se dependesse de mim morreria de sede. 

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